Aos poucos,o velho Feng reune as crianças
da aldeia e rumam,juntos,para aquela colina
de bico truncado e velha árvore,
que observaram tantas gerações passarem.
Na subida,
o hálito condensa-se com o frescor da manhã.
O corpo ainda amolecido,reclama e resiste
à mais,mínima exigência.
Lá em cima,
posicionados,
começama unir a cabeça com o corpo;
a vigília aumenta com o clarear do dia!
A alegria rapidamente invade os corações!
Empurrar,desviar,imitar o urso,acariciar
a crina do cavalo,agulha no fundo do mar,
a fenix voando para o céu...
Os pássaros começam a cantar!
O velho Feng observa tudo:
tudo vê,tudo sente
e sorri para dentro,aprovando.
Serenidade no rosto,exigindo!
Ele faz e demonstra,passo a passo,
com a leveza e a cautela de uma garça
caminhando na água,
prestes a alcançar vôo.
Suave e redondo como as ondas douradas do
vento nas plantações de trigo.
Alerta e vazio.
O sol aparece e o rosto se aquece.
Um mundo próprio,
toda a Via Lactea contida na gota de orvalho
pendurada na ponta de uma folha da velha árvore,
quase caindo!
Cai,sem som,
Desintegra-se,nutrindo o solo,
com o brilho ofuscante!
O líquido da vida chega até as raízes dos dedos das mãos,
nadando no ar...
No final,
o homem velho Feng,
é mais homem,
é mais sábio;
As crianças são mais crianças!
Suspiram todos juntos,
trocam de ar,
retornampara a aldeia.
Receberão mais um alimento da natureza
e ocuparão seus lugares no mundo.
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